Conteúdo principal Menu principal Rodapé

Bill Gates, o poderoso dono da Microsoft, é talentoso. J. K. Rowlling, a criadora do personagem Harry Potter, indiscutivelmente tem talento. E você também. Mais do que nunca o mundo corporativo busca talento não só de seus líderes, mas de cada funcionário. E quando descobre um, esforça-se para mantê-lo em seu quadro.

Basicamente, o talento é a capacidade de descobrir o que há de melhor na personalidade ou nas próprias habilidades de cada ser humano.

Para o médico e pesquisador Jean Claude Obry, Ph.D em Psicologia e Filosofia, não existe a possibilidade de uma pessoa não talentosa. “O talento é uma expressão do que você é, uma expressão da sua competência ou do seu ser”, diz. Segundo ele, todos têm um ponto em comum: sempre querem melhorar alguma coisa.

A busca por essa melhoria, entretanto, é mais importante do que o seu resultado final. “Aprender a identificar o que queremos e a descobrir o talento de cada um pode ajudar a encontrar um melhor caminho para a vida”, disse ele em palestra na Universidade de Brasília.

É claro que algumas pessoas apresentam características de genialidade em habilidades específicas, como a facilidade para memorizar, aptidão com números, aprendizagem acelerada e inúmeras outras. No entanto, isso não basta para que o talento seja reconhecido. A prática não comprova que, por possuir aspectos de genialidade, essas pessoas terão sucesso profissional. Tudo dependerá de como vão ser canalizados estes atributos, transformando-os num produto ou serviço de utilidade em seu meio profissional. E de como vão persistir na identificação de oportunidades para o aproveitamento de suas competências.

Para falar de talento hoje em dia é necessário definir os novos cenários de mercado. Exibir um currículo recheado de títulos ou deter vasta experiência em mercados diferenciados não garante espaço para o talento. “Além da experiência acadêmica e profissional, as pessoas precisam agregar valor às suas ações. Isso passa por atitudes e comportamentos pessoais frente às competências definidas nos novos perfis de mercado”, aponta Maria Rita Gramigna, Diretora-Presidente da MRG Consultoria e Treinamento Empresarial, de Belo Horizonte, e autora de diversos livros sobre gestão de recursos humanos.

Com a oferta de novas tecnologias – cada vez mais acessíveis a todos – e os esforços dedicados a melhorar processos e rotinas dentro das empresas – faz-se necessário compor os quadros de pessoal com profissionais dentro de um novo perfil, muito mais amplo, com algumas competências que antes não eram consideradas essenciais. “Estes novos profissionais, que atendem aos perfis desenhados, superando às expectativas das empresas, são considerados talentos e tratados como moeda forte no mercado”, avalia Maria Rita Gramigna.

Nem sempre descobrir algo em que se é bom é suficiente para desenvolver um novo talento. Na verdade, é a equação de “experiência” vezes “oportunidade” que vai resultar em talento. Considera-se que uma pessoa é talentosa quando domina uma ou mais competências, colocando-as a serviço de uma organização, conseguindo superar as expectativas e se destacando nos ambientes onde atua. Mas, para isso, é preciso receber estímulos. “Uma árvore nasce com potencial para gerar frutos e flores, da mesma forma que o ser humano nasce com um potencial infinito para gerar competências. Se a árvore for plantada em um ambiente favorável, recebendo condições ideais, crescerá e terá copas floridas e com frutos”, ilustra a consultora Maria Rita Gramigna. “Da mesma forma, se o profissional receber os estímulos necessários e tiver a oportunidade de desenvolvimento, certamente terá a chance de transformar seu talento em competência, gerando resultados excepcionais por meio de seus talentos”, conclui.

Ir para o topo