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“Eles têm a arte dentro de si. Eles criam arte. Eles nos dizem algo. Algo que perdemos. Algo atraente e sedutor. Algo que reconhecemos e que não podemos explicar. Tudo é maior. Para as crianças pequenas existe uma conexão direta entre vida e obra. Essas coisas são inseparáveis.” O trecho é do livro Baby Art: os primeiros passos com a arte, da arte-educadora dinamarquesa Ane Marie Holm. A autora caracteriza a identidade naturalmente artística das crianças que as professoras Samara Seo e Tatiane Farias buscam resgatar com a Turma dos Parangolés.

O termo que deu nome à turma – Parangolés – conceitua uma proposta idealizada pelo artista brasileiro Hélio Oitica, que se permitiu pensar a arte para além dos objetos, deslocando-a para as experiências e para os sentidos. Sentir e viver a arte é o objetivo das educadoras, que têm trabalhado para proporcionar às crianças oportunidades não apenas de fazer, mas também de se misturar com a arte.

Hélio Oiticica criou espaços artísticos em que as pessoas pudessem, literalmente, entrar em sua obra, libertando-se de todas as formatações e padrões que envolvem o ser adulto, permitindo-se voltar à condição de criança. Assim, as crianças são Parangolés, já que têm a sensibilidade que o contexto adulto por vezes não permite ter.

Samara e Tatiane buscam experimentar ao máximo essa sensibilidade, com iniciativas e projetos artísticos por meio dos quais os pequenos possam se descobrir como criadores e produtos de sua própria arte.

A vivência com as tintas geladas consistiu em derreter corantes alimentícios e colocá-los em forminhas de gelo que foram deixadas no congelador. No dia seguinte, as forminhas foram colocadas sobre papéis que forraram o pátio do CECI, e as crianças foram deixadas livres para pintar o papel, a si mesmas e criarem o que mais a imaginação permitisse.

“Não obtivemos um produto final, uma vez que o gelo encharcou o papel até rasgar. Mas acreditamos que mais importante do que um papel para expor é o percurso realizado pelas crianças”, relataram as professoras.

Outra atividade realizada foi uma exposição com diferentes materiais, como tecidos, recortes, tintas entre outros. A exposição pôde ser contemplada no saguão de entrada do CECI dos dias 5 a 9/09.

Na DEdIC, não há limites para a criatividade. As descobertas e pequenas experiências podem se tornar grandes obras de arte. Os artistas mirins são a nossa maior inspiração.

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