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Caetano Veloso cantou que “gente quer ser feliz, gente quer respirar ar pelo nariz”. E cantou que “gente é muito bom, tem de se cuidar, de se respeitar…”

O que é gente, o que diferencia gente de pessoa e o que diferencia pessoa de recurso humano? Essas são questões que precisamos levantar para avaliarmos porque a área de Recursos Humanos está perdendo espaço para a área de Gestão de Pessoas.

O primeiro passo é definir cada um dos termos citados: gente, pessoa, recurso humano. Para recurso humano partiremos das definições de recurso e humano para construir a definição do que seria recurso humano.

Gente: quantidade de pessoas; povo; população; humanidade; família; pessoal de estabelecimento; classe, categoria social; força armada; pessoa de valimento.

Pessoa: ser ou criatura da espécie humana; ser moral ou jurídico; personagem; individualidade; considerado singularmente como sujeito de direitos e obrigações.

Recurso: efeito de recorrer ou apelar judicialmente; meio, expediente de quase lança mão para alcançar um fim; auxílio; remédio; (no pl.) haveres; (no pl.) meios pecuniários de vida.

Humano: próprio do homem; relativo ao homem; bondoso; benigno; compassivo.

Recurso Humano: o termo recurso designa meio, expediente de que se lança mão para alcançar um fim ou ainda auxílio.

Humano designa o que é relativo ao homem. Gente significa quantidade de pessoas. E pessoa significa ser ou criatura da espécie humana. Assim, recurso humano é a utilização de um ser da espécie humana (pessoa) para alcançar um fim – no caso, os resultados da empresa.

A partir dessa definição podemos facilmente concluir que estamos fazendo mau uso do nosso recurso humano ao considerá-lo apenas um meio para atingirmos metas, lucros e resultados, esquecendo que antes de ser um meio esse recurso é um ser humano. Devemos sempre nos lembrar que é de gente que estamos falando.

Segundo Sócrates, a felicidade deriva de conhecer: “Conhece-te a ti mesmo”. A pessoa precisa antes de tudo se conhecer, saber o que quer, o que a faz feliz, o que ainda não sabe e o que precisa aprender.

Podemos concluir que a busca das pessoas pela felicidade pauta-se no conhecimento do que as faz felizes. Assim, não cabe às empresas definirem o que faz cada um dos seus colaboradores feliz e, com base nos anseios da empresa, definir como eles devem atuar. Esse é o desenho da antiga área de Recursos Humanos.

As empresas devem conhecer seus colaboradores, o que os faz felizes e com isso desenhar a atuação dessas pessoas dentro do que elas buscam – a felicidade, definindo os melhores meios para atingir seus resultados dentro dessa nova concepção.

Eis a grande diferença entre gerir pessoas e gerir recursos humanos.

É isso o que nos diferencia como gestores de pessoas: atuar na busca da felicidade dos nossos colegas e da nossa. É na busca da felicidade e no desenvolvimento de estratégias que permitam que todos trabalhem com aquilo que os faz felizes que devemos pautar os objetivos da empresa, sempre lembrando que essa empresa precisa de lucros e resultados, pois isso também favorece a felicidade.

Mas, eis que chegamos a um outro ponto: o que nos faz felizes e o que faz cada um de nossos colegas felizes? Não temos capacidade de responder, sozinhos, a essas questões, mas juntos podemos chegar a um conjunto de fatores que nos fazem felizes.

E esse deve ser o nosso objetivo e foco, como gestores de pessoas: buscar em cada um de nossos colegas aquilo que o faz feliz, para desenharmos nossa atuação. E só assim estaremos utilizando, da melhor maneira, nossos recursos humanos. Estaremos, enfim atuando como gestores de pessoas, por que gente é pra brilhar.

Fonte: www.rh.com.br

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