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No mês de maio é celebrada a Semana da Enfermagem. No Brasil, a comemoração acontece desde a década de 1940 e engloba duas datas: Dia Internacional da Enfermagem (12/5) e Dia do Técnico e Auxiliar de Enfermagem (20/5).

Esses dias foram instituídos em homenagem às enfermeiras Florence Nightingale e Ana Neri. Florence nasceu em 12 de maio de 1820 e fundou a primeira Escola de Enfermagem na Inglaterra, em 1860. Já Ana Neri foi a primeira enfermeira brasileira a se alistar voluntariamente na Guerra do Paraguai, entre 1864 e 1870, e morreu no dia 20 de maio de 1880.

Em 2022, o Departamento de Enfermagem do Hospital de Clínicas (HC) da Unicamp promoveu nos dias 11 e 12 de maio a 83ª Semana Brasileira de Enfermagem. O tema escolhido foi “Enfermagem no contexto pós-pandemia: acolher vidas para fortalecer emoções”. Atualmente, o HC conta com 1.546 profissionais entre auxiliares, técnicos de enfermagem e enfermeiros.

Joaquim Antônio Graciano, diretor do Departamento de Enfermagem (DENF) do HC Unicamp, conta que a pandemia de covid-19 chegou de maneira surpreendente para toda a equipe e trouxe grandes dificuldades. Durante o período houve alto número de demissões, fechamento de leitos, necessidade de contratos emergenciais e muitos postos de trabalho ficaram vazios. Ocorreram também muitos afastamentos de pessoal, chegando a 180 afastados em um único dia. Uma das causas desse grande número foi o impacto psicológico causado pelo momento. “Saímos da pandemia machucados, com cicatrizes, não somos mais quem éramos antes”, afirmou Joaquim. “Apesar de todas as cicatrizes e dores, precisamos de energia e força para salvar vidas”, finalizou.

A equipe de Enfermagem do Hospital da Mulher da Unicamp (CAISM) também enfrentou as dificuldades do período. Kátia Melissa Padilha, coordenadora da Divisão de Enfermagem, conta que a pandemia foi um período de pânico, incertezas e que impactou o dia a dia do hospital. A equipe que conta com 540 profissionais teve que se reinventar constantemente para continuar o trabalho diário de atendimento à mulher e ao recém-nascido, agora envolvidos em um cenário desconhecido e sem saber as possíveis consequências. Muitos profissionais ficaram abalados e tiveram que ser afastados. Apesar dos momentos de fragilidade, Kátia afirma que a enfermagem pôde mostrar sua força e diversidade de conhecimento.

Na DGRH a situação não foi muito diferente. Durante a pandemia, os atendimentos da Divisão de Saúde Ocupacional (DSO) não foram pausados e a demanda foi alta, com procura por consultas e orientações relacionadas à covid-19. “Até quem trabalhava na UTI Covid (HC) chegava para ser atendido”, compartilhou a Técnica de Enfermagem Aldrey Melo, que atua na DSO juntamente as enfermeiras Rosana Silva e Thais Teixeira, onde atendem servidores de todas as Unidades e Órgãos da Unicamp. Para Aldrey foi um momento de estresse e angústia, já que a enfermagem vai além de apenas atender. “Existe um cuidado, uma atenção e um olhar com o outro. Então foi um período em que os profissionais da saúde sofreram muito”, declarou.

A Semana da Enfermagem é o momento de homenagear e destacar os feitos dos profissionais dessa área de imensa importância à sociedade, especialmente em momentos como esses últimos dois anos, quando se colocaram à frente nesse combate, em meio a tantas as dificuldades.

A DGRH reforça a homenagem e o agradecimento aos profissionais da saúde, em especial da Enfermagem, nessa semana comemorativa.

 

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