Conteúdo principal Menu principal Rodapé

Essa é uma ótima hora para área de Recursos Humanos trabalhar na orientação de todos os colaboradores para que esses não entrem na onda do consumismo sem planejamento, pois com o fim do ano chegando o mercado já aponta para um crescimento nas vendas deste Natal. O nível de endividamento da população está altíssimo e a Serasa revelou que de cada mil cheques compensados nos oito primeiros meses deste ano, 18,1% foram devolvidos pela segunda vez por falta de fundos. Na prática, isso significa um aumento de 16,5% em relação ao mesmo período do ano passado.

A mídia, de forma geral, ensina e mostra que todos os dias surgem novos produtos e serviços que prometem maravilhas às pessoas que os adquirirem e muitas dessas têm comprado sem o devido planejamento de seus gastos.

Por incrível que pareça, ainda existe muita gente que vive sem fazer o orçamento mensal da sua casa, mesmo trabalhando em empresas que se “falam” constantemente sobre a importância de definir metas de gastos com base no orçamento, para que o resultado financeiro seja sempre positivo.

O orçamento mensal hoje é uma necessidade. Temos uma realidade que mostra que está muito difícil ganhar dinheiro, ao mesmo tempo que é muito fácil e rápido gastar o que se ganha. O nível de endividamento da população está alto e isso, conseqüentemente, reflete nos cheques sem fundos. Os profissionais de Recursos Humanos, com as quais me relaciono, por exemplo, afirmam que estão conhecendo uma nova realidade de endividamento de seus funcionários, devido à significativa aprovação dos empréstimos com desconto em folha de pagamento. Se antes apenas os funcionários de níveis salariais mais baixos procuravam as assistentes sociais com problemas financeiros, agora até os profissionais com elevados salários também estão procurando os empréstimos consignados.

Muitas pessoas podem dizer que são os empréstimos mais baratos do mercado. Contudo, na realidade, os juros pagos nestes “acordos” são altos para qualquer nível salarial. No Brasil, temos as mais altas taxas de juros do mundo. Portanto, a área de RH pode conscientizar seus funcionários sobre a utilização consciente do crédito e com a chegada do 13º, essa é uma ótima oportunidade de repassar informações básicas de uma boa educação financeira.

Como existem campanhas contra o tabagismo, o alcoolismo e a dependência química, agora é o momento de fazer a campanha contra as dívidas dos funcionários.

DICAS:

* 13º salário, comissões de vendas maiores ou eventuais Participações nos Lucros e Resultados (PLR) são extras. Na realidade, deveriam ser gastos realmente em extras como, por exemplo, compras de presentes, festas, férias, investimentos na troca do seu carro, reforma da casa ou – para resumir – para gastar e aproveitar. Contudo, para quem já gastou errado durante o ano, o ideal é utilizar esse dinheiro extra para colocar a casa em ordem, pagar ou diminuir as dívidas.

* Se a pessoa não tem dívidas parabéns, o 13º salário é um dinheiro extra. Portanto, para um gasto extra. Dê um presente para pessoa que trabalhou todo o ano e agora merece algo especial. Esse prêmio pode também ser para pessoa que você ama ou a família.

* Gaste conscientemente. O 13º salário não deve ser usado como “entrada” para criação de novas dívidas, com parcelas a serem pagas em 2006. Deve-se comprar à vista e, se possível, em dinheiro. Isso porque, se você vai às compras com dinheiro, existe um limite de gasto e você comprará presentes para todos usando somente aquele dinheiro que levou. Se levar cartões de débito, crédito ou cheques, acabará por perder o limite e extrapolando os gastos. As lojas oferecem produtos em cinco, oito, dez ou doze vezes sem juros. Na maioria dos casos, os juros já estão embutidos nas compras. Então, pergunte ao vendedor se na compra à vista você poderá ter desconto e pagar menos. Com isso, fará sobrar mais dinheiro para outras compras.

* Crie uma reserva financeira para um 2006 tranqüilo. Parte do dinheiro “extra” pode ser usado para criar ou engordar a reserva financeira. Esse será o seu colchão para o ano que se inicia. Existem pessoas que acham que cheque especial ou cartões de crédito são reservas financeiras. Contudo, esses instrumentos de crédito, quando usados constantemente, dão a impressão de que a pessoa tem mais dinheiro e isso não é verdade. Qualquer descuido na utilização pode provocar o pagamento dos mais altos juros do mercado financeiro.

* Janeiro já está aí e, normalmente, é um mês onde ocorre um acúmulo e gastos como IPVA, IPTU, matrícula e material escolar, além das férias. E se as compras do Natal não forem feitas a vista, começarão a “cair” em janeiro.

* É melhor ter um Natal mais magro, entrando em 2006 com as contas em ordem.

* Divida o dinheiro extra, destinando parte para pagar dívidas, parte para criar ou engordar a reserva financeira, parte para gastar e parte para o início do ano, onde os gastos costumam ser maiores.

Fonte: rh.com.br

Ir para o topo