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Tradicionalmente, na indústria, o trabalho foi pago pelo tempo. Tal procedimento funcionou porque se produziam coisas concretas com meios concretos: as mãos. Por isso, as pessoas sempre foram traduzidas como mão-de-obra.

Por coisas produzidas, contáveis e observadas pagavam-se horas contáveis e observadas (supervisão) de trabalhos manuais. Sempre havia uma proporção direta entre produção e horas dedicadas ao trabalho.

Na antiga economia escravagista, também se pagava por tempo (disponibilidade para o trabalho X meios de subsistência).

Houve uma crescente automatização das atividades manuais na indústria em geral; vindo as máquinas substituirem a chamada mão-de-obra. Com o advento da eletrônica, acelerou-se mais ainda tal processo. Alguém se lembra de que havia profissões como datilógrafas ou telefonista?

O papel do homem na nova economia (negócios) é a cabeça-de-obra. A mão tem apenas um papel complementar de interface das pessoas, para se apertar botões. O novo papel é de gerenciamento (administrar, dirigir, regular) de máquinas e equipamentos, processos e de si próprio. É a aplicação de massa cinzenta para se obter qualidade e satisfação do cliente, e não mais força muscular, calorias e horas de trabalho para se produzir coisas. Mais que gerenciamento, é preciso criação de valor e de melhorias constantes. Por isso, o novo papel exige pessoas criativas e empreendedoras.

E o novo profissional, chamado colaborador, não pode mais ser medido e pago por horas (alguém consegue medir criação ou melhorias por hora?). Esse novo profissional, tal qual o colono que substituiu a economia escravista, deve ser remunerado por resultados. E resultado significa comprometimento. Mas comprometimento não se consegue com supervisão, cerceamento, horas de trabalho, dedicação exclusiva.

Comprometimento consegue-se com vinculação de remuneração a resultados, com participação nas decisões, com responsabilidade, com ambiente adequado, onde as pessoas sintam prazer de ir todos os dias. Onde trabalhar seja agradável, desafiador e divertido.

Tal qual as máquinas exigem ambientes com ar-condicionado (temperatura e pureza adequadas), sem o qual não funcionam, o novo homem (criativo, empreendedor e comprometido) exige um ambiente adequado (desafiador, respeitoso, divertido).

Quando as empresas conseguirem isso, terão um colaborador completo, não só com mãos, mas com corações e mentes. Não apenas por oito horas, mas por tempo total e criando valor. Essas empresas serão as sobreviventes da nova economia. Seus funcionários não serão apenas colaboradores, mas agentes de mudança, homens de negócio voltados às necessidades do cliente (a própria empresa e seus clientes).

É um processo que envolve corações e mentes. É como uma paixão, há que ocupar primeiramente a cabeça para depois ganhar o coração.

Não encha o “saco” de seus funcionários com falação e controles; encha suas cabeças (sem falação) com responsabilidades e desafios diários.

Fonte: www.rh.com.br

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