Certamente você conhece, trabalha ou convive com alguém que já acorda de mau humor e passa assim todo o dia. Parece que suas vidas são um grande fardo a ser carregado diariamente e nunca encontram prazer no que fazem ou com quem interagem. Tudo para eles é ruim e se ainda não está, certamente ficará. São aqueles que sempre têm uma doença nova para contar ou uma desgraça para alardear. Vivem desanimados, cansados e desistem logo nos primeiros obstáculos. São classicamente conhecidos como pessimistas.
Por outro lado, você também deve conhecer tantas outras pessoas que vivem na mesma cidade, trabalham no mesmo local, convivem com essas mesmas pessoas e transbordam simpatia, alegria, energia e vibração. Parece que desenvolvem a melhor atividade profissional do mundo, têm os melhores amigos e sempre se dão bem em tudo aquilo que fazem. São essencialmente otimistas. Quase nada tira a alegria dessas pessoas.
Ainda temos um terceiro padrão de comportamento que se reflete na maior parte das pessoas: o meio-termo – normalmente caracterizado por aqueles que não esbanjam otimismo o tempo todo, mas também estão longe do estado natural do pessimista. Oscilam seu temperamento e sofrem com as variações do meio. Chamo de pessoas em transição.
Qual seria o segredo dos otimistas? Como transformar uma pessoa pessimista ou em transição num otimista? A resposta é simples: atitudes positivas diante da vida e motivação. Segundo pesquisa realizada por uma renomada universidade americana, os pessimistas vivem sete anos menos que os otimistas. Até nisso vale a pena refletir sobre nossa forma de encarar a vida. O grande fator de transformação pessoal é a capacidade de encontrar a motivação e praticá-la em seu dia-a-dia, que aqui chamo de poder da motivação.
Para entender melhor o poder da motivação é importante compreender um princípio básico sobre o comportamento humano e os fatores motivacionais: a motivação é como um iceberg. O grande bloco de gelo possui cerca de 80% de sua massa submersa na água, não sendo visível. A outra parte que fica exposta, bem menor, metaforicamente representa o meio em que vivemos e as pessoas com quem convivemos. A parte mais representativa para estarmos motivados depende de nós. As outras pessoas, a empresa, a chefia, a sociedade, a família e tudo que nos cerca tem menor influência sobre motivação do que a capacidade de ação e reação de cada pessoa.
Motivação tem a ver com querer fazer, com vontade, com interesse, com iniciativa e isso depende mais de você do que dos outros. Por isso, é comum vermos pessoas em ambientes espetaculares e desmotivadas.
O poder da motivação reflete-se através de atitudes que temos diante da vida, ou seja, como cada um lida com as situações. Todos temos duas escolhas para fazer quando acordamos: fazer do dia de hoje um bom ou um mau dia. Esta é uma decisão que temos de tomar diariamente.
Contudo, é importante ressaltar que toda escolha leva a conseqüências. O resultado de cada escolha pode ser um risco ou uma oportunidade, pode-se ter perdas ou ganhos.
A pessoa que usa o poder da motivação não tem medo dos riscos, pois sabe que a capacidade de reverter as situações mais difíceis depende mais dela do que do meio. O indivíduo que acredita no seu potencial motiva-se para superar as dificuldades.
Fonte: Rogério Martins. Psicólogo, consultor e diretor da Persona Consultoria & Eventos.
